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Há 25 anos, a Semillas Fitó iniciou a sua expansão territorial para passar de ser uma pequena empresa de sementes para se converter numa das multinacionais líderes no setor da melhoria genética, produção e distribuição de sementes de espécies hortícolas e extensivas.

Em 2014 a Semillas Fitó fez uma aposta forte inaugurando a sua filial na Índia, um país estratégico para chegar a todo o mercado do sudeste asiático, mas onde a empresa começava do zero.

Falamos com Enrique Roca, Diretor de Vendas e Marketing do Sudeste Asiático, para conhecer mais detalhes desta filial e como se ganhou terreno como fornecedor de sementes incondicional na zona.

Quando se iniciou o projeto da filial da Índia da Semillas Fitó?

O projeto foi iniciado em 2014 com uma equipa de 19 pessoas entre pessoal de vendas, I+D e corporativo. Começamos as nossas atividades num pequeno escritório localizado em Yelahanka NewTown e numa estação de I+D a 35 km de Bangalore, com uma área de 10 hectares para produções ao ar livre e uma pequena estufa.

Atualmente os escritórios centrais estão localizados em Doddaballapur, ao norte de Bangalore, e em breve a equipa de I+D vai mudar-se para uma nova fazenda com 15 hectares e 3 estufas.

Quantas pessoas trabalham atualmente na Fitó India e como estão organizadas as equipas?

Atualmente, a equipa é composta por 26 colaboradores da Semillas Fitó e outros tantos colaboradores temporários.

Quase metade do grupo trabalha no departamento comercial, que está dividido quase em partes iguais entre a região Norte (4 estados em volta de Deli) e a região Sul (4 estados em volta de Bangalore).

30% dos trabalhadores estão dedicados a I+D. Os criadores administram a fazenda e os três programas de melhoria que implementamos na Índia: tomate determinado, quiabo e pimentos ou jalapeños.

Por último, as equipas operacionais e corporativa representam 25% do grupo de trabalho. A equipa de operações está dividida em produção de sementes, qualidade e processamento.

Quais são as principais culturas da Semillas Fitó na Índia?

Tratando-se de um mercado tão diverso e novo, a Semillas Fitó tem levado em consideração a produção de variedades adaptadas à região tais como o quiabo e as flores típicas da Índia tipo calêndulas.

O pepino é atualmente a cultura mais vendida à frente da abóbora, do tomate e da melancia. Segundo as nossas projeções, nos próximos anos as quatro culturas mais vendidas deverão ser, por esta ordem: pepino, quiabo, abóbora e tomate.

Quais foram as variedades de sucesso introduzidas pela Semillas Fitó na Índia?

As variedades de maior sucesso são os pepinos Cadiar e Hilton, que se adaptam muito bem às condições de inverno e verão do cultivo em estufas. O tomate Runner, que comercializamos principalmente no Vietname, também tem muito sucesso.

Quais as peculiaridades que o mercado indiano apresenta e qual é a tipologia do agricultor?

O setor agrícola é muito importante na Índia, empregando mais de 60% da população e contribuindo com cerca de 20% do PIB. A área dedicada às culturas hortícolas representa apenas 5%, mas tem um crescimento sólido de mais de 3% em média anual. Especificamente, o mercado da semente hortícola cresce acima de 13% ao ano, sendo a semente de maior qualidade, híbrida e destinada à agricultura de proteção, a que mais cresce comparativamente. Tudo isto são excelentes notícias para a expansão da Semillas Fitó neste mercado.

Em relação à tipologia do agricultor, infelizmente o agricultor médio possui ou aluga áreas muito pequenas que impedem a mecanização e a automação. É um mercado muito pouco sofisticado e ineficiente, e muito regulado pelo Estado. Mas está em contínua transformação e com o tempo irá sendo liberalizando e consolidando.

Quais são os desafios da Semillas Fitó nos próximos anos na Índia?

O desafio mais imediato é consolidar plenamente a filial e a nossa posição como fornecedor de sementes de qualidade e especialista em agricultura de proteção (mulching, nethouse, polyhouse), que é a que melhor se ajusta ao nosso ADN.

Atualmente, a Semillas Fitó conta com dez filiais em todo o mundo e presença direta em outros 10 países, desde onde trabalha junto ao agricultor para o ajudar a desenvolver o seu negócio através das sementes adaptadas aos terrenos e climas locais. A abertura de filiais é um pilar fundamental na estratégia de internacionalização da empresa, o que permite oferecer um serviço de proximidade aos clientes, baseado nos valores corporativos, mantendo ao mesmo tempo o vínculo com os escritórios centrais e o seu forte compromisso de ser uma empresa independente e de propriedade familiar.